tag:blogger.com,1999:blog-5771809804797174182024-03-18T23:56:02.112-03:00Cidade do impossível...cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.comBlogger55125tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-14214858719889948112011-08-29T01:51:00.004-03:002011-08-29T02:02:46.955-03:00Um sonho possívelVocê já teve um sonho? Já achou que ele era bobo? Impossível?<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibROigd40Mk-kZcqLK5PiFLZqE_Fs9xrCZyKwLAQDT1j_DcymnEeEWcxbhOOhpHOZYrxVXGESlxqP9q6xczFvxP8cBbGgfpJgcQvdETEh3T3DGa4zBdG8h0mN4b6ZzQj0OPhRgnrATVDs/s1600/balao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="225" width="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibROigd40Mk-kZcqLK5PiFLZqE_Fs9xrCZyKwLAQDT1j_DcymnEeEWcxbhOOhpHOZYrxVXGESlxqP9q6xczFvxP8cBbGgfpJgcQvdETEh3T3DGa4zBdG8h0mN4b6ZzQj0OPhRgnrATVDs/s320/balao.jpg" /></a></div><br />
Eu já.<br />
<br />
Eu tenho um sonho. O mesmo sonho desde os 13 anos de idade. Um desejo guardado em um canto da minha mente, latente. Isso porque já tinha brigado muito com ele, dizendo-o para desaparecer. É que aos 19 anos lutei por ele, lutei o máximo que pude. Fracassei. Por isso pensei em desistir. Mas sonhos são persistentes, dê-lhes um punhado de atenção e eles voltam a brilhar na sua imaginação.<br />
<br />
Outro dia ouvi o clichê: se você desejar do fundo do coração, o sonho se realiza. Desde então fiz as pazes com o meu. Resolvi investir nele. Logo depois surgiu uma oportunidade de realizá-lo. Tomei coragem (embora tivesse medo de fracassar) e decidi agarra-lá. Funcionou. O curioso é que estou super assustada. Sonhei tanto. Nem parece possível que ele possa se tornar real. <br />
<br />
Mas dessa vez estou pronta. Que venha! Com o choque de realidade que todo sonho vem quando se concretiza. Que seja melhor que qualquer expectativa. <br />
<br />
Um sonho doce como canela recém raspada. Se você tem um, invista sua energia nele, não importa o tempo demore. <br />
<br />
Caso você já tenha desistido de sonhar, eu lhe pergunto: de que vale a vida se a gente não tenta realizar nossos sonhos? <br />
<br />
<iframe width="420" height="345" src="http://www.youtube.com/embed/7z2vEwF0f2s" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br />
cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-24220802829011954992011-08-20T00:50:00.000-03:002011-08-20T00:50:22.506-03:00A democracia do ventoO vento que sopra fresco nesta tarde de agosto me conforta. Parece que vem me dizer alguma coisa, tirar um véu de ilusão de cima dos meus olhos.<br />
<br />
Deixo-me envolver. Os pássaros cantam na cidade do impossível, a tarde cai amena para minimizar a melancolia que me cerca, mas não me pertence. Pode um simples vento mudar um humor? Ora, o vento muda direções de barcos, semeia plantas ao redor do mundo, carrega cidades com seus furacões. É claro que um simples humor, o Senhor Vento tem categoria para mudar.<br />
<br />
Esboço um sorriso. O curioso é que o vento pode levar também os nossos desejos. É comum eu aproveitar o vento para mandar uma mensagem de amor. Já tentou? Mando com a certeza de que quando o vento lá bater, vai fazer a pessoa lembrar de mim. Gosto de imaginar a cena da pessoa sentido a brisa suave no rosto.<br />
<br />
O vento é tão democrático. Tente prendê-lo em sua mãos e ele se esvai. Mas deixe ele livre e veja que está ali, soprando. Que coisa mais gostosa uma brisa no fim da tarde a beira-mar. Qualquer um pode sentir.<br />
<br />
Sabe o que eu mais gosto no vento? É que o mesmo vento que forma tempestades, dissipa as nuvens pouco a pouco. Quando se vê, já temos de novo o sol.<br />
<br />
cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-26478375661859373702011-07-08T16:21:00.001-03:002011-07-08T16:49:41.722-03:00Doce Leitura<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTFUPb6FQD9RU_GDRRJZ0-k94J_2fZSerC3vtLa2gRprEkLfx0llWoyrvlbSkexOz6FlDmKxpSINXvZwdHjre7ZrDNo3nRMuLL80qDgEmib1RDxjPf2q7GoXw88ilNeXADaMv6SbUwSqM/s1600/moteris.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="279" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTFUPb6FQD9RU_GDRRJZ0-k94J_2fZSerC3vtLa2gRprEkLfx0llWoyrvlbSkexOz6FlDmKxpSINXvZwdHjre7ZrDNo3nRMuLL80qDgEmib1RDxjPf2q7GoXw88ilNeXADaMv6SbUwSqM/s400/moteris.jpg" /></a></div><i>Foto: Simone de Beauvoir<br />
</i><br />
<br />
Estes dias entrei em uma livraria super charmosa que cheirava a café. Na porta tinha uma plaquinha que dizia: Só abrimos depois do meio dia! Depois da meia noite, a gente brinca. Achei curioso. Entrei. Procurei os donos da loja para saber o significado daquela placa. Não estavam lá. Resolvi passear pelas letras.<br />
<br />
O lugar todo tem paredes pintadas com gravuras de escritores. Tão lindo! Estantes e mais estantes de literatura brasileira com o semblante de Dom Machado de Assis. Sir Shakespeare faz as honras da seção de livros em inglês. Simone de Beauvoir, muito bem comportada, está pintada para me mostrar o maravilhoso mundo de Alexandre Dumas, Stendhal e outros autores franceses. A lânguida Florbela Espanca divide com Saramago o espaço que dá acesso aos portugueses.<br />
<br />
<br />
Mas o que chamou a minha atenção mesmo foi uma estante reservada a novos escritores. Nossa! Sempre quis uma seção com escritores novos em uma livraria, já pensou se eu fosse uma das primeiras a ler o próximo Nobel de literatura? É como conhecer uma banda de sucesso quando ela ainda está na garagem! Livros raros? Ali também tem. Matemática, direito, comunicação, tecnologia, tudo. Dicionários! Até um espaço para fazer download de e-books! Você pode levar o computador ou receber as instruções de como baixar o livro por e-mail, a preços módicos.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv93ABh1C9p-kMMekomgWrWzMkUPcj_cNCo5reUYGJ1hXbFs-DLl8Y0hyeBNFuAIMLk_YEyzfl3w9QCGPNfdLBeLDpttMy_K_Y5eTMAiaBp4eZ6shm1vXV6F0ViNfMqVSMcD7aLUf2tYk/s1600/FOTO-MACHADO-DE-ASSIS.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="241" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhv93ABh1C9p-kMMekomgWrWzMkUPcj_cNCo5reUYGJ1hXbFs-DLl8Y0hyeBNFuAIMLk_YEyzfl3w9QCGPNfdLBeLDpttMy_K_Y5eTMAiaBp4eZ6shm1vXV6F0ViNfMqVSMcD7aLUf2tYk/s320/FOTO-MACHADO-DE-ASSIS.jpg" /></a></div><br />
<br />
Caso tenha fome, ao lado da parte de culinária e gastronomia, tem uma cafeteria de fazer qualquer um babar. Uma mistura de doces internacionais com café nordestino. Mas como sou um clichê ambulante, pedi um <a href="http://tudogostoso.uol.com.br/receita/10616-autentico-pao-de-queijo-mineiro.html"target="_blank">pão de queijo</a> bem mineirinho! Humm!<br />
<br />
Claro que fiquei louca para saber quem eram os donos daquele lugar angelical, com um astral tão sublime que me fazia suspirar. Sou que os donos estão em Alexandria negociando livros para a parte dos raros. A gerente disse que eles são apaixonados por livros, excêntricos, gostam de reunir pelo menos uma vez por semana um grupo de crianças para contar historias. Eles têm até um site para o clube do livro. Ela disse que a maior adesão é dos jovens, eles gostam dos livros virtuais.<br />
<br />
Antes de ir embora, lembrei da placa na porta. Que significa? Perguntei. A gerente sorriu. "Eles detestam acordar cedo. Mas em compensação, aqui funciona até as 2 da madrugada. Depois da meia noite, isso aqui é quase uma balada. O dono alega que é de noite que a magia de escrever floresce". Disse também que muitos escritores novos se reúnem ali, é um lugar de boemia, de polêmica, de alegria e, essencialmente, de cultura.<br />
<br />
Dá pra não se apaixonar por um lugar assim? O nome da livraria? Doce leitura. Um dia eu digo onde fica.cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-18357399688828120632011-07-07T23:40:00.001-03:002011-07-08T00:28:58.432-03:00Estação Verão<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_VMtL1Vy5zDW-AlwQE_7zLkOfSTHSwFacGqjk-MpyFW4FvEngrkDEzK4jS9ofncqDfPlIp7o83KWQjJMUDWHwNhfs95Q3GVFHuZyrpm3PcKE2kkm2J3GV9zfk47tSkHkvNQ6Rg3GycR8/s1600/f%25C3%25A9rias+2009+179.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="300" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_VMtL1Vy5zDW-AlwQE_7zLkOfSTHSwFacGqjk-MpyFW4FvEngrkDEzK4jS9ofncqDfPlIp7o83KWQjJMUDWHwNhfs95Q3GVFHuZyrpm3PcKE2kkm2J3GV9zfk47tSkHkvNQ6Rg3GycR8/s400/f%25C3%25A9rias+2009+179.jpg" /></a></div><i>Verão em Japaratinga/AL<br />
</i><br />
<b>Idade da paixão: 5 anos. Suspiros.<br />
</b>Suspiros e raspas de limão. Azedo e doce como briga de criança.<br />
O amigo do meu primo. Um chato. Roubava os suspiros que me fazia a madrinha.<br />
<br />
<b>Idade da descoberta: 16 anos. Fotos<br />
</b>Fotos espalhadas no mural do primo. <br />
<br />
—Quem é esse seu amigo lindo?<br />
<br />
<i>“Este é aquele meu amigo que você detestava quando era criança.“<br />
</i><br />
—Não lembro. Pode me apresentar para ele de novo?<br />
<br />
<i>“Claro que lembra. Ele roubava seus suspiros. E não posso, ele tem namorada.”<br />
</i><br />
<b>Idade do encontro: 18 anos. Literatura.<br />
</b><br />
<i>“Preciso ensinar literatura para um amigo. Pode me ajudar?”<br />
</i><br />
¬—Claro! Posso ir assim?<br />
<i>“Para mim está ótimo!”<br />
</i><br />
Perco o fôlego. Estava vestida como uma louca. Casaco que cabia duas de mim. Cabelo completamente indomado. Nenhuma maquiagem. Nem mesmo um gloss.<br />
Foi amor a primeira vista. <br />
<br />
<i>—Vamos namorar?<br />
</i>Uma primavera chamada Verão.<br />
<br />
<b>Idade da estupidez: 19 anos. Medo.<br />
</b>Quem não tem medo? <br />
<br />
—Namoro a distância não dá certo. Chega. Eu aqui, você aí. Isso não pode funcionar.<br />
<br />
<i>—Eu te amo o suficiente.<br />
</i><br />
—Não é justo com nenhum dos dois. É uma relação impossível. Acabou.<br />
<br />
<i>— Não faça isso...<br />
</i><br />
—É o melhor a fazer. Tchau!<br />
<br />
<i>—Covarde<br />
</i><br />
<b>Idade do arrependimento: 21 anos. Declaração.<br />
</b><br />
Espaço Unibanco<br />
— Suspiro. Quanto tempo!<br />
<br />
<br />
Este e-mail é para dizer que desde aquele encontro no cinema, não paro de pensar em você. Não posso ser estúpida de novo. Eu preciso dizer que não o esqueci.<br />
<br />
<i>— Sinto muito. Só posso ser seu amigo!<br />
</i><br />
<b>Idade do recomeço: 24 anos. Inverno.<br />
</b>Dias triste. Conversas longas. Morte. Vida. Espiritualidade.<br />
<br />
—Estou solteira. <br />
<i>—Estou infeliz na relação.<br />
</i>— Termine. <br />
<i>—Amo minha namorada. <br />
</i>—Entendo.<br />
<i>—Você sabia que me magoou demais?<br />
</i>—Desculpa. Já disse antes, nunca esqueci você.<br />
<i>—Isso é carência. Só fala porque está solteira em uma cidade louca.<br />
</i>—Não é, embora isso seja verdade.<br />
<i>—Você só me procura quando estou namorando. <br />
</i>— Admita que também gosta de mim.<br />
<i>—Convencida.<br />
</i>— Admita!<br />
<i>—Já disse, tenho namorada!<br />
</i>—Não tenho pressa.<br />
<br />
<b>Idade do reencontro: 25 anos. Suspiro.<br />
</b><i>— Estou muito triste. Está tudo errado na minha vida.</i><br />
<br />
—Não fique assim. Vamos! Não pode ser tão ruim. Eu quero encontrar você.<br />
<i>—Quando vier ao Rio, avise.<br />
</i><br />
Avisei. Minhas mãos tremeram. Virei adolescente de novo? Borboletas e mais borboletas, todas loucas, debatendo-se dentro de mim. Não consegui falar nada do que queria. Aliás, eu mal falei. Só consegui suspirar. <br />
<br />
Mas, afinal, o Sr. Verão sempre me roubou suspiros.cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-42681592402655563232011-07-04T21:59:00.001-03:002011-07-04T22:00:31.375-03:00Alma fria<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-QpY0foN2yfkJraUGhsVKniqebsxdvebwFh7ikVvQi3nc5o0VupMQcbSJSRSCLWpUENvB_qZPU6lMLZPUMuDGN-GzEwdSC41TyQLNGT-w1-aOeP4LcUp-Rc7IVidDOp0roYQqzkzgJ3E/s1600/azulejo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="235" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-QpY0foN2yfkJraUGhsVKniqebsxdvebwFh7ikVvQi3nc5o0VupMQcbSJSRSCLWpUENvB_qZPU6lMLZPUMuDGN-GzEwdSC41TyQLNGT-w1-aOeP4LcUp-Rc7IVidDOp0roYQqzkzgJ3E/s400/azulejo.jpg" /></a></div><i>Um azulejo em Barcelona...<br />
</i><br />
A cidade de São Paulo está em alerta por causa do frio. Nove graus Celsius. Parece quente para quem, como eu, já enfrentou - 15 °C na França, ou para quem passa o inverno em Nova York, mas é bem frio para quem está na rua agora sem um agasalho. <br />
<br />
É um gelo para quem não tem uma sopa para tomar, uma mantinha gostosa para se embrulhar, bem alarmante para quem só tem uma caixa de papelão onde se deitar. Nessas horas fico triste. Porque eu tenho mais de um edredom fofo, mais de uma casa para dormir aquecida e definitivamente tenho bem mais que um chá para tomar. Sinto culpa. Todo mundo deveria ter uma casa com uma cama quente e um pouco de conforto. Um pouco de dignidade.<br />
<br />
São Paulo devia ficar em alerta o ano inteiro, alerta aos muitos que dormem na Haddock Lobo, Teodoro Sampaio, Faria Lima. Outro dia vi um homem deitado na rua, com uma muleta ao lado, achei que ele tivesse caído e perguntei: “O senhor está bem?” Ele me respondeu com um sorriso enorme e um olhar de surpresa: “Estou! E você?” A resposta me doeu. Doeu porque vi nos olhos dele que as pessoas passam ali, mas ninguém conversa com ele. <br />
<br />
A cidade devia entrar em alerta também quando faz 30°C, tamanha a frieza das pessoas para seus semelhantes. A cidade só não, o mundo. Você já conversou alguma vez com um mendigo? Já olhou os olhos dele? Aquela tristeza no olhar pode ser solidão. Olhos que pedem um pouco de atenção. Ou o medo de ser assaltado, de perder seu mais novo <i>tablet</i> o paralisa? Pare de fingir que essa situação não faz parte do seu mundo. Virar a cara e entrar na internet não tirará as pessoas da miséria.<br />
<br />
Devia haver uma lei que impedisse uma disparidade tão grande. Em uma mesma cidade há centros comerciais em que sequer é possível entrar sem carro, assim como há pessoas que não têm dinheiro para pegar um ônibus. Parece impossível.<br />
<br />
É pedir demais que exista sensibilidade de quem não passa frio? De quem não passa dificuldade e pode andar pelas ruas com seu celular conectado e seu carro zero km? Sugestão para a próxima vez que vir alguém na rua: sorria para a pessoa. Todo ser humano precisa de um sorriso. Já é bem melhor do que ver sua cara de raiva só porque ele (ou ela) tentou falar com você.cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-40012382614717257962011-06-12T23:44:00.001-03:002011-06-13T00:01:45.387-03:00Largo das tulipas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbooXxpFvUh2YgCwXDbvL-FTn9HnmZrhq2bq1MdgYR_eXS4GkzrsFnM9ObvfIRVorTZXMqHKaq78tc0s41DM8qHuUno8SUVcYFZXjDSvFIi-TLfAYpKYljDIKGvmli4yL2cIjgh8MgwTI/s1600/tulipas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="400" width="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbooXxpFvUh2YgCwXDbvL-FTn9HnmZrhq2bq1MdgYR_eXS4GkzrsFnM9ObvfIRVorTZXMqHKaq78tc0s41DM8qHuUno8SUVcYFZXjDSvFIi-TLfAYpKYljDIKGvmli4yL2cIjgh8MgwTI/s400/tulipas.jpg" /></a></div>Foto: Luisa Picanço/Holanda<br />
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Alguma pessoa já fez você pensar em mudar o mundo? Alguém já fez você achar que o amor existe? Nem que seja por um minuto, já passou pela sua cabeça “eu amo essa pessoa”?<br />
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Então, sinta essa vibração. Ela é boa. Move mesmo o mundo. Ainda bem, nosso planeta precisa desse movimento. <i>Let it come</i>. Perceba que o amor tem cheiro de colégio. Da hora do recreio, com seus pães de queijo macios. Amor é <i>toujours</i> adolescente. Cheio de bons sentimentos, sem muitos medos arraigados, sem arranhões n’alma.<br />
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Amor nos remete a Shakespeare e todas as suas mil e uma noites de verão. Espanta bicho-papão, mau olhado. É um pé de arruda. Nada de ruim o afeta quando você deixa o amor comandar. Faz até a gente esquecer os problemas profissionais. Afinal, aquilo é só um trabalho, não é sua vida.<br />
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Deixe vir. De repente sua vida vai ficar mais colorida. Você vai andar pelo largo da batata e achar que todo mundo que passa por ali merecia um largo das tulipas. Já pensou? Tulipas por todos os lados, deixando São Paulo menos gris. Essa época do ano é particularmente boa para o amor. O outono da cidade conforta esse sentimento tão puro e transformador. O sopro frio do fim do dia aquece os desejos. Quer coisa melhor que chegar em casa e receber um abraço do ser amado?<br />
<br />
E, se no abraço, você perceber que definitivamente já conhece aquela pessoa de outras vidas, não hesite. Só lhe resta deixar a mágica fluir. Por favor! É diretamente proporcional. Quanto mais amor, mais tulipas. O planeta merece.cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-85480384812919425032011-03-28T02:16:00.001-03:002011-03-28T02:18:38.707-03:00ReencontroUma das melhores (e piores) atitudes da vida é ser autêntica. Doa a quem doer (costuma doer mais no ser autêntico), a autenticidade é libertadora. Ainda que agir assim não lhe deixe mais seguro do dia de amanhã, certamente fará diferença neste amanhã você não ter sido falso hoje. <br />
<br />
Como faz diferença não ser falso com você mesmo. Só tenha cuidado para não machucar os outros no caminho. O ideal é ser verdadeiro sem ser agressivo. Achar este equilíbrio traz paz de espírito. É algo digno do que ensinou o poeta:<br />
<br />
<i>“Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui. <br />
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes. <br />
Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive.” (Fernando Pessoa/ Para ser grande)</i><br />
<br />
Hoje reencontrei uma moça grande. Em São Paulo ela se perdeu de mim, mas ela nunca deixou de ser autêntica, destemida. Gosto tanto dela. Foi uma grata surpresa revê-la debaixo de um bloco em Brasília. Estava com saudades. E eu que achava que tinha perdido essa moça para sempre.cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-28629095467794482272011-03-23T00:56:00.002-03:002011-03-23T17:34:39.729-03:00Um vício para chamar de meu<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipoHZR6_iwdSPI17hUtbbxL4l0eHD3hUX0J03tIcim35oyKwOnH2wCV4uwFSZqbPTnB_kVty32EUYUgJ2oLmaPSJxArIeEolQhUPdg0sIiFhGDffIa7Lr3NO8wQ8o5_oS_uBNy249V7yM/s1600/o_alcool_e_a_droga_mais_consumida_no_mundo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="277" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipoHZR6_iwdSPI17hUtbbxL4l0eHD3hUX0J03tIcim35oyKwOnH2wCV4uwFSZqbPTnB_kVty32EUYUgJ2oLmaPSJxArIeEolQhUPdg0sIiFhGDffIa7Lr3NO8wQ8o5_oS_uBNy249V7yM/s400/o_alcool_e_a_droga_mais_consumida_no_mundo.jpg" /></a></div><br />
<br />
Tudo começou quando cheguei a São Paulo. Em qualquer lugar que eu ia alguém me oferecia. Era até ostensivo. Estava por toda parte. Comecei a pensar esporadicamente na ideia, mas depois o pensamento cresceu, não queria mais sair da minha cabeça. Comecei a ignorar a oferta tentadora. Neguei o quanto pude. Achei que assim poderia me livrar. Sabia que aquele era um caminho provavelmente sem volta. <br />
<br />
Toda vez que tinha vontade de usar, mudava de pensamento. Procurei alternativas. Não conseguia mais evitar. Resolvi parar de me preocupar com o pensar, era só esquecer o assunto e não teria mais problemas.<br />
<br />
Eis que em um domingo qualquer, quando estava prestes a pedir o meu já tradicional <a href="http://cidadedoimpossivel.blogspot.com/2010/09/cafe-com-banana.html"target="_blank">Mocha Branco</a>, soltei um “meu!”, assim sem pensar. Fiquei desesperada, pus a mão à boca. Comentei com uma amiga que era a primeira vez que usava aquela viciante gíria paulistana. Ela exclamou: “Seu primeiro meu? Parabéns! Dá aqui um abraço.” <br />
<br />
Fiquei sem graça. Afinal, falar “meu” é feio. Aliás, horroroso é mais apropriado. Não vejo como isso merece congratulação. Só falei uma vez, juro! Mas maculei minha alma carioca, sei. É que isso vicia. Em minha defesa alego que há mais de dois anos sou obrigada a ouvir essa gíria diariamente. <br />
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Enfim, agora posso me considerar nativa na língua paulistana, meu! Hoje mesmo falei que ia almoçar um lanche. Essa praga que os paulistanos usam para definir sanduíche também saiu sem pensar, o que só piora para o meu lado. Acho que não tenho mais salvação. Paciência.cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-87598116674684493502011-03-18T03:31:00.001-03:002011-03-18T03:34:45.367-03:00Ciao Belas!Parece impossível, mas acabou. Não terei mais pipocas com essência de manteiga, nem aulas de dança vistas da janela. Hoje fui à última sessão do Belas Artes. O clima de Adeus era visível.<br />
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Ao chegar às 21h20, só tinha lugar para ver a comédia “No tempo do Onça”(EUA, Charles Riesner - 1940). Fiquei feliz de ainda ter ingressos à venda. Mas na verdade queria muito assitir o filme “O joelho de Claire” (França, Eric Rohmer - 1970) porque a película já tinha um significado especial para mim. O filme francês passaria na sala 4 – Aleijadinho. Tomei coragem e pedi na cara de pau para entrar. Consegui. Foi até fácil. Acho que foi meu charme carioca ou a complacência do moço da entrada, ele sabia que aquela era uma despedida.<br />
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O fato é que a partir de hoje um pedacinho do que eu e tantas outras pessoas vivemos em São Paulo é passado. Sabe o que o Totó sente quando vê que o cinema Paradiso não existe mais? Acho que finalmente entendi.<br />
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Dei adeus ao Belas Artes, torço para que seja um breve até logo. Pelo menos posso dizer que já faço parte da história da cidade do impossível.<br />
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<iframe title="YouTube video player" width="425" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/LSLZLkcMrHU" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br />
Trailer do filme Nuovo Cinema Paradiso (Itália, Giuseppe Tornatore - 1988) <i>Um dos melhores filmes que já vi</i>cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-5807556386408583182011-03-09T02:58:00.003-03:002011-03-09T03:04:17.864-03:00Confete paulistano<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0fk5_BMhDSoaqeVY6vfxsOQlyPY7BMkGvCB22JqMFwPuPOg7Vb0aTE33nIJTJOdbCOMa6M-am2pWPHj9fXQuCZA1BfQBUicKUpAZBfczMIc5kBl3Av6p9seNEJP154wrXu8sZXciKrNM/s1600/carnaval-de-arlequim-miro.gif" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="282" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0fk5_BMhDSoaqeVY6vfxsOQlyPY7BMkGvCB22JqMFwPuPOg7Vb0aTE33nIJTJOdbCOMa6M-am2pWPHj9fXQuCZA1BfQBUicKUpAZBfczMIc5kBl3Av6p9seNEJP154wrXu8sZXciKrNM/s400/carnaval-de-arlequim-miro.gif" /></a></div><i>Carnaval de Arlequim - Joan Miró</i><br />
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A pipa do vovô não é mais a mesma. Nem o carnaval paulistano. Enquanto escrevo esse texto, tem um monte de foliões aqui embaixo. Estou no coração da cidade do impossível e amanhã é quarta-feira de cinzas. Quase todo mundo vai trabalhar. Mas e daí? Quem diz que em São Paulo não tem carnaval certamente não conhece essa cidade.<br />
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São Paulo tem muita folia sim. Se você ficou por aqui e não aproveitou as festas, admita, foi porque não quis. É isso mesmo. Assim como o vovô moderno hoje pode tomar um remedinho da felicidade e alegrar a vovó nos dias de feriado, foi-se o tempo em que você não poderia curtir um sambinha na cidade do impossível. Em 211, você poderia ir atrás do bloco do Minhocão (que não tem nada a ver com a pipa do vovô, hein?) ou poderia ir à Praça Benedito Calixto. essa praça anda mais lotada que nos dias de feira! Isso sem falar do Carnaval da Vila, o bloco da Alameda Santos e outros tantos.<br />
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Calma! Não vou falar de todas as possibilidades que você perdeu por aqui. E antes de me xingar por só postar esse texto hoje, deixo algumas dicas da ressaca do carnaval. Ainda dá pra aproveitar:<br />
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Na quinta, de acordo com o R7, tem a<a href="http://noticias.r7.com/carnaval-2011/ultimas-noticias/sao-paulo/camarote-bar-brahma-lanca-balada-pos-carnaval-no-proprio-anhembi-20110308.html"target="_blank"> ressaca paulistana no Camarote da Brahma no Anhembi. </a><br />
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Na próxima sexta, tem o desfile das campeãs, também no Anhembi. Fui ano passado, é bem animado! Os ingressos você pode comprar no ingressofacil.com. <a href="http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/886071-campeas-do-carnaval-de-sao-paulo-desfilam-na-sexta-feira.shtml"target="_blank">A Folha tem uma matéria sobre o assunto. </a><br />
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O Bar Brahma também é sempre uma boa pedida de samba na cidade, mas prepare o bolso, não é muito barato. Que tal no próximo sábado? A Vai-Vai toca lá 2h da manhã e antes disso tem Baile de Carnaval. <a href="http://www.barbrahmasp.com/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=56&Itemid=19#tabs=2011-03-12"target="_blank">Dá uma olhada no site</a>. <br />
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Se ainda estiver no pique, tem Gambiarra no domingo dia 13 – essa festa super animada sempre tem um clima de carnaval. Quem já foi sabe do que falo. <a href="http://www.gambiarraafesta.com.br/"target="_blank">http://www.gambiarraafesta.com.br/</a><br />
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Quantas vezes não ouvi “Carnaval em São Paulo? Impossível!” Provado que isso não passa de uma lenda! Mas vamos combinar, de todas as marchinhas de carnaval, a que mais combina com o espírito da cidade é sem dúvida: “Ei, você aí! Me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí! :)<br />
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<iframe title="YouTube video player" width="425" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/wTDdd3dFPG4" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-52570605828444063482011-02-15T02:08:00.000-02:002011-02-15T02:08:26.043-02:00Procura-se um namoradoPrecisa ser bem carinhoso, de preferência à moda antiga. Pode levar flores quando quiser. Cartinhas de amor são indispensáveis. Tem de adorar poesia. Ah! Não pode escorregar no português. Há de ser castiço como o do Maranhão. Aliás, precisa adorar conversar. E não pode ser nem um pouco fofoqueiro.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpPo6P-7UcDyL06FRs5mrdVFbBYgUA1LXCNygh9xs9D0zuR5hzjjh12aj2H3B4Oigsy3n28djGZTo2LBev2q4Sq_KLuKdLEFXHHAVU9lKfhWaRR55NqKjlPvDvKhxfooxowXHlqxkjM7E/s1600/henri-cartier-bresson-diep3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="255" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpPo6P-7UcDyL06FRs5mrdVFbBYgUA1LXCNygh9xs9D0zuR5hzjjh12aj2H3B4Oigsy3n28djGZTo2LBev2q4Sq_KLuKdLEFXHHAVU9lKfhWaRR55NqKjlPvDvKhxfooxowXHlqxkjM7E/s400/henri-cartier-bresson-diep3.jpg" /></a></div><br />
<i>Foto de Henry Cartier Bresson </i><br />
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Romantismo é indispensável. Serenatas estão liberadas. O pretendente mora em Copacabana? Melhor ainda. Ela também. Mas aceita paulista, alagoano, mineiro, gaúcho. Até estrangeiro! Desde que seja carinhoso. Gostar de viajar é um diferencial. Faz-se necessário que ele aprecie passear de mão dada na praia. Cai bem adorar sol, festa, alegria. Gente deprimida? Nem apresente!<br />
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Quem procura? Uma senhora de 77 anos, cadeirante, viúva, moradora da Rua Inhangá. O brilho nos olhos dela e sua vontade de viver inspiram qualquer um. É cheirosa, está sempre com as unhas pintadas, muito vaidosa. É bonita, adora música brasileira e tem uma leve tendência socialista (coitada!).<br />
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É uma lição de vida. Uma senhorinha que não se importa com as próprias rugas ou com a dificuldade de locomoção. Nada disso é limitação. Bem diferente de certos jovens, encanados com suas espinhas na cara ou com seu corpo um, pouco diferente do da modelo da revista. <br />
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Não é mesmo divino pensar que o amor não tem nada a ver com idade ou tipo físico? Amar é simplesmente escolher. Essa vovó escolheu que podia ter um namorado, amar de novo. Não importa mais nada. Importa? Quem conhecer um pretendente, favor avise.cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-37298417356086079232011-01-27T05:15:00.010-02:002011-01-27T05:53:51.515-02:00Luisa na cidade do impossível<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLkk7gmYuuhSiBth2KWeXa8-iwiJtfO-rqEoor8Y9oYQVwfQTy7r2p8PwRHerAULcRQuzKX7MrLhBgADRZxck3L5XquIHClR3NJZA__XwEx6gL6XSNYK08WaQckTSTizfvCtKiKGMdYL8/s1600/castelo-5.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 130px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLkk7gmYuuhSiBth2KWeXa8-iwiJtfO-rqEoor8Y9oYQVwfQTy7r2p8PwRHerAULcRQuzKX7MrLhBgADRZxck3L5XquIHClR3NJZA__XwEx6gL6XSNYK08WaQckTSTizfvCtKiKGMdYL8/s200/castelo-5.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5566766323075308802" /></a><br />Cheguei em casa para escrever um texto completamente diferente, mas lembrei de um sonho antigo. Quando menina sempre quis ter um castelo. Lembro de falar disso com meus pais e irmã. Era um dos meus sonhos mais fortes. Nunca quis um príncipe num palácio, eu queria era um castelo para fazer um hotel de luxo. <br /><br />Lembro até de um diálogo: Não, não quero que um príncipe me dê um castelo, quero comprar um pra mim! A realidade era sempre: “Faz ideia do preço de um castelo?” No que respondia sem titubear: Serei rica. <br /><br />Hoje ainda não tenho muita noção de quanto custa um castelo, mas acho que com a profissão que escolhi, no máximo, depois dos 50 anos consigo comprar uma pousadinha mixuruca em Cabo Frio.<br /><br />Aqui entre nós, príncipes são chatos. Eles são clichê demais para uma menina (ou uma geração?) que queria ter um negócio lucrativo desde os sete anos e cuja personagem favorita era Alice no país das maravilhas. <br /><br />É, confesso, não era muito fã da <span style="font-style:italic;">boring </span>cinderela que ficava lá a espera de um príncipe para salvá-la (gente, tem de ser mais proativa, alô!) ou da vagal da bela adormecida que preferia tirar uma soneca a aproveitar a vida. E a Jasmine comunista a la Stalin? A menina tinha muito preconceito com gente rica, mas morava no maior bem-bom. Assim até eu. Ah! Não vou nem falar da <span style="font-style:italic;">nerd</span> da Branca de Neve que só tinha amigo bicho até os anões ficarem com pena, né? A burrinha ainda aceitou comida de estranhos, tão amadora... <br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWCq5QNnZpL07lQ3Nd3cMxVWP4Ys66AijejVRoaXXsW-TPQF89Vy1t06nYzNNU7f6zCvo2BbPYqwZRJscQdzUlPpY4mVNBSYTcndclWRxsWe9a1p9Z226SxY4KYqWxYbAnvRXFLYgIRCo/s1600/Disney_Princess_Jasmine.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 158px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWCq5QNnZpL07lQ3Nd3cMxVWP4Ys66AijejVRoaXXsW-TPQF89Vy1t06nYzNNU7f6zCvo2BbPYqwZRJscQdzUlPpY4mVNBSYTcndclWRxsWe9a1p9Z226SxY4KYqWxYbAnvRXFLYgIRCo/s200/Disney_Princess_Jasmine.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5566770484757695234" /></a><br /><span style="font-style:italic;">Jasmine, minha primeira decepção com comunistas...</span><br /><br />Heroína mesmo é uma moleca que vai atrás do que quer (um coelho branco?), tem como guru uma lagarta, quase cai na lábia de um gato safado, fica amiga de uns pancadas que tomam chá e em busca de seu sonho briga até com uma rainha louca. Pra completar ainda se apaixona por um chapeleiro maluco. Isso é que ser ousada. <br /><br />Ué! Sabe que agora entendi meu gosto por homens esquisitos? Nada como autoanálise. <br /><br />Mas, voltando ao assunto anterior, alguém aí tem um castelo sobrando? Aceito doações. Mas não vale de cartas, hein?<br /><br /><br /><iframe title="YouTube video player" class="youtube-player" type="text/html" width="425" height="344" src="http://www.youtube.com/embed/KLIqErnQCuw" frameborder="0" allowFullScreen></iframe><br /><br /><span style="font-style:italic;">Trailer do filme original (em inglês).</span>cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-18554595189285680802011-01-26T03:54:00.004-02:002011-01-26T05:09:17.181-02:00Bem-me-quer<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4ib7xt-V_Qx5JTsiM9erbx1wep52KFoFYi1O6kv2Cz6CFjTb67GA4ZDg-jLv0pkLOE8pkUxLOGrD9762tfIRpvtVtZrDdd4egIRZJzKo9toz10bkMssCJ2MjI0x6KjHOfNPj4X5zJdCI/s1600/bem-me-quer.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4ib7xt-V_Qx5JTsiM9erbx1wep52KFoFYi1O6kv2Cz6CFjTb67GA4ZDg-jLv0pkLOE8pkUxLOGrD9762tfIRpvtVtZrDdd4egIRZJzKo9toz10bkMssCJ2MjI0x6KjHOfNPj4X5zJdCI/s200/bem-me-quer.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5566386857668664962" /></a><br />Eu gosto de você. Calma! Gosto de você só um pouco. Na nossa geração gostar demais é cafona, chato, sem graça. Não gosto muito da nossa geração. Mas gosto de você. Acho que é porque você não me cobra explicações, aparece sem espinhos, some quando sabe que estou prestes a me apaixonar. Você não é tolo para me deixar apaixonada. Estragaria tudo, não é mesmo?<br /><br />Gosto de você porque existe sempre aquela tensão sexual, aquela promessa velada de noite libertina. Gosto de você porque você gosta do jogo, não faz esforço, não se importa demais, mas está sempre por ali, meio mineirinho, mesmo sem ser da terra de Juscelino.<br /><br />Eu adoro como você fica com ciúmes dos outros caras quando eles dão em cima de mim. Gosto ainda mais quando você disfarça o desconforto, adoro provocá-lo. Sim, sou um pouco sádica. Mas veja, não temos absolutamente nada, como pode se chatear com isso? Não é você avesso a compromissos? Mas quem precisa de rótulos? É uma escolha nossa. Ironia existir um nós nesse caso, não? Adoro isso. Rio quando meus amigos dizem: “Quem? Aquele cara? Ele é louco por você. Tá na cara.”<br /><br />Você é louco por mim, eu gosto disso. Adoro o fato de você não querer aceitar isso. Você sempre me faz dar boas risadas. Sabe, acho você engraçado. Gosto de você não conseguir se afastar o suficiente para me esquecer. Eu não quero mesmo que você me esqueça. Eu quero você completamente apaixonado por mim. Sim, sou ambiciosa. Que mulher não quer um homem bonito, solteiro e bem-sucedido aos seus pés? Eu quero. Provoco. Preciso. Gosto. É uma questão de ego, claro. Tenho só uma quedinha (e olhe lá!) por você, já disse.cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-48207087275107020002011-01-07T14:27:00.007-02:002011-01-07T15:25:17.651-02:00Por uma loja a menos em São Paulo<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs3oIAxLJ9QOFoYYYskY3279LTKUip2-9biOZnOc6su9AxXfBJ4TzNtbwuLOdp5gco2UMicLmTbzYy71Ju06HBKcD7iD-6ekybDCrKjnrVeixpBugpXrnxwnikqJLJATtkbGTh3oScomg/s1600/belas-artes.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 133px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs3oIAxLJ9QOFoYYYskY3279LTKUip2-9biOZnOc6su9AxXfBJ4TzNtbwuLOdp5gco2UMicLmTbzYy71Ju06HBKcD7iD-6ekybDCrKjnrVeixpBugpXrnxwnikqJLJATtkbGTh3oScomg/s200/belas-artes.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5559489567302205682" /></a><br /><br />A notícia do fechamento do Belas Artes me balançou. Se eu tinha um traço paulistano, ele estava vinculado a este cinema. Ali descobri minha paixão pela sétima arte. Para mim e muitos paulistanos aquele é um pedaço da história da cidade. <br /><br />Soube que o estabelecimento é alugado e aparentemente o dono do imóvel quer o espaço de volta para montar uma reles loja. Parece surreal pensar nisso. Depois de 68 anos, ali é um espaço alugado? O locatário não percebe o quanto o cinema é histórico e valioso? Sou contra pessoas que não se preocupam com a história. Imaginem quantas pessoas tiveram momentos de vida únicos naquele prédio com constante odor de pipoca amanteigada. Só eu tive vários.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9KeuxzBAyzk1DaN2ZDQUYTjYBKm6I0IqcstkBIXBWoSbfoZzf_5O1F66S6uWw2IPwiL1DmMSKi6AigW3O3g0oXQYxR4Wi4lJjLH-PIdiN4Q34oLBA3q-Az1_qSxGhAEkDJOKPO06Rk24/s1600/popcorn.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 134px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9KeuxzBAyzk1DaN2ZDQUYTjYBKm6I0IqcstkBIXBWoSbfoZzf_5O1F66S6uWw2IPwiL1DmMSKi6AigW3O3g0oXQYxR4Wi4lJjLH-PIdiN4Q34oLBA3q-Az1_qSxGhAEkDJOKPO06Rk24/s200/popcorn.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5559490982025388626" /></a><br /><br />Por exemplo, lembro bem de uma briga séria lá no segundo andar. Na hora olhei pela janela e vi algumas pessoas dançando do outro lado da rua. Pensei como preferia estar naquela aula de tango. Sentei no banco de mosaico preto, estava gelado. Chorei. Eu ainda nem morava em São Paulo, mas ali começava minha relação com o mais paulistas dos cinemas de rua. Já assisti a tantos filmes naquele lugar, posso me considerar um pouco mais culta por causa dele.<br /><br />No Belas Artes tomei coragem de assistir um filme sozinha pela primeira vez e para minha surpresa, no meio da sessão, fiz uma amiga. Era uma senhorinha chocada com a animação que passava na tela. Ela precisava desabafar. Eu defendi o desenho. Demos algumas risadas juntas. Não consigo lembrar o nome do filme, mas contava a história de uma Branca de Neve cansada do abusado príncipe encantado. Ao final, a vovozinha me deu dicas sobre cinemas paulistanos, dicas usadas até hoje.<br /><br />Naquele cinema marquei um encontro com uma das maiores e mais rápidas paixões da minha vida. Era nosso segundo filme juntos. Eu estava muito nervosa, com o pensamento tolo de que ele talvez não gostasse de mim. Naquele momento ainda não tínhamos nada, só a paixão. No meio da sessão, a barriga dele começou a fazer muito barulho. Eu fiquei tão desesperada, achei que o coitado estava com algum sério problema intestinal. Nosso encontro tinha fracassado. Eu não iria fazer mais nada com uma pessoa cuja barriga se comunicava daquela maneira. Só muito tempo depois entendi. Ele estava ainda mais nervoso que eu. <br /><br />Também no Belas Artes cheguei a um dos momentos mais patéticos da minha vida. Resolvi ir ao cinema depois de um dia de trabalho. Mas saí correndo da fila ao ver esse mesmo homem, meses após o nosso rompimento. Depois de perceber quão ridícula era minha atitude decidi voltar e ele não estava mais ali. Agradeci. Achei bem digno da parte dele desaparecer naquele dia depois de ter desaparecido da minha vida sem a menor explicação.<br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/_G6EeZDjpwA?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/_G6EeZDjpwA?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><span style="font-style:italic;">Trailer Coco antes de Chanel<br /></span><br /><br />No mesmo dia, resolvi ver o filme da Chanel para relaxar e eis que um cruel colega de faculdade (com sua respectiva namorada) me encontra e diz: “Nossa! Você vem ao cinema sozinha? Estranho! Não tinha nenhuma amiga para chamar?” Educado como uma porta o cara. <br /><br />Sabe, é engraçada minha relação com aquelas salas. Villa-Lobos, Carmem Miranda... Aqui só estou contado os causos de amor. Mas tenho outros. E quando achava que minha história amorosa com o cinema tinha acabado, recebo um convite casual para assistir um filme do Scorsese em uma tarde de um sábado pouco importante. O filme é tão bom e chocante, fiquei fora de órbita por uma meia hora depois dele. E com uma pessoa completamente inesperada na minha vida, aquela foi uma das melhores sessões que o Bela me proporcionou. Até rendeu um texto publicado <a href="http://cidadedoimpossivel.blogspot.com/2010/08/enlatado-paulistano.html" target="_blank">aqui</a>.<br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie"value="http://www.youtube.com/v/gL4rP2prdfg?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/gL4rP2prdfg?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><span style="font-style:italic;">Trailer "Ilha do medo"<br /></span><br /><br />Pensar que tudo isso e tantas outras ótimas histórias vão virar uma loja... Hoje eu queria ter nascido paulistana só para ter um milhão de outros contos meus sobre o moribundo cinema e seus 68 anos. Ao menos teria aproveitado mais o lugar.<br /><br />De verdade, eu não quero ir ao mega blox 3D de um shopping. Eu quero o Belas Artes. Quero ver outros filmes do Alain Resnais lá! Quero a bossa paulistana com direito a cine clube. Adoro o lugar. Gosto mais de lá que do Ibirapuera e do Conjunto Nacional. Mais até que da Paulista ou da Praça Benedito Calixto. Ouso dizer, acho o Belas Artes mais paulistano que o pico do Jaraguá. <br /><br />Por favor, é um apelo dramático e talvez impossível... Não fechem o Belas Artes. Proprietário, não abra uma loja ali. Não aborte histórias de amor nascidas na Cândido Portinari ou na Mário de Andrade. <br /><br />Olha a minha sugestão: os apaixonados pelo Belas Artes dão uma quantia (não muito grande) de dinheiro. Dividimos o cinema por metros quadrados. Fazemos cotas ou lotes dos metros e todos seremos donos. Assim compramos o espaço do insensível. Isto é, ele precisa querer vender. Mas diz a máxima: todo homem tem seu preço. Depois doamos o prédio ao cinema e pronto! Mas antes, tombamos o lugar como patrimônio cultural de São Paulo e do Brasil. Falamos com o <a href="http://portal.iphan.gov.br" target="_blank">IPHAN</a>! Vamos salvar o mais charmoso dos (poucos) cinemas de rua da cidade.cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-18319556217446230992010-12-17T01:05:00.008-02:002010-12-17T01:32:45.703-02:00Receita de amor perdidoQuando o amor acabar, saia por aí e tome todas. Telefone para os amigos, fale que está desesperado, que não sabe o que fazer. Chame os solteiros que deixou de lado por causa daquele amor idiota. Peça desculpa a eles. Chore todas as mágoas, durma abraçada com uma amiga que insiste em consolá-la dizendo que o amor não acabou. Passe noites em claro. <br /><br />Fale para o mundo que está bem, que o amor acabou, mas você ainda está vivo. Perca a fome ou a forma. Sinta o vazio na barriga e finja que é dor de estômago. Sabemos você e eu que a dor é outra e que era preferível um milhão de vezes que fosse gastrite. <br /><br />Beije outros, outras, ria, divirta-se. Ok! Chore mais se for preciso. Pense nos planos que fizeram juntos, nesse momento talvez o mundo se despedace aos seus pés. Sinta-se idiota por planejar um futuro com aquela pessoa. Saiba-se idiota. Você é idiota. Como foi capaz de deixar um amor acabar? Só um imbecil faz isso.<br /><br /> <a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGRIE2VluY6SyLpwzj01ZutGS87OBQGI0VoXnWdUGEKo76iw_3TvrjDH_ZrqxFYClNHyGhOGXs8zKMqwwrtdYZRZF-aZNzgFFH71TPcNsCgggofsvrQhplAxVnyaJIw8DMG5xxAYdewQg/s1600/idiota.gif"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 146px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGRIE2VluY6SyLpwzj01ZutGS87OBQGI0VoXnWdUGEKo76iw_3TvrjDH_ZrqxFYClNHyGhOGXs8zKMqwwrtdYZRZF-aZNzgFFH71TPcNsCgggofsvrQhplAxVnyaJIw8DMG5xxAYdewQg/s200/idiota.gif" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5551486868917869522" /></a><br /><br />Calma! Depois disso tudo, reaprenda a se respeitar. Não é só culpa sua, oras! Tem o outro. Aquele cretino. Tenha raiva dele. Internamente envergonhe-se de ter raiva dela. Tudo bem, o que importa? Os sentimentos estão mesmo confusos. Diga para si mesmo o quanto você é maravilhoso e o quanto seu amor é burro. Reconheça-se. Lembre-se de como você adorava bala de canela e não podia comer só porque aquele chato não gostava. Ria de você e dele. Vingue-se! Compre uma caixa de balas, empanturre-se delas. <br /><br />Aí perceba que nem gostava tanto assim de bala de canela quanto gostava dele. Tenha frio na barriga toda vez que for àquele bar que iam juntos na Vila Madalena. Ah! Fuja correndo do Belas Artes ao vê-lo na fila da bilheteria justo no dia que seu cabelo resolveu não colaborar. Não tem problema. O amor tem um quê de ridículo.<br /><br /> <a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjExFN8z6r6oNAtE911xVQAOVkB-oLnG78jzgdMmuv_qi4blZYTQkqkagi0_uAKPGIvurzGqIi210HAhWcAF82T8B_V1hdjOv9T_fpsSuLPNacjR1H1p0vf9SA0uGRltX_rRRP30ODzw3s/s1600/audrey-hepburn.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 160px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjExFN8z6r6oNAtE911xVQAOVkB-oLnG78jzgdMmuv_qi4blZYTQkqkagi0_uAKPGIvurzGqIi210HAhWcAF82T8B_V1hdjOv9T_fpsSuLPNacjR1H1p0vf9SA0uGRltX_rRRP30ODzw3s/s200/audrey-hepburn.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5551486712171111266" /></a><br /><br />Você ainda vai ter vontade de ligar para ela depois de um dia difícil. Vai se sentir sozinho no domingo. Vai sofrer um pouquinho naquele dia especial. Lembrará-se dela quando vir a Audrey Hepburn na TV a cabo. Mandará uma mensagem de amor perdida ao ouvir “Something” do George Harrison. Mas o tempo vai passar.<br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/0nXDodaqHkM?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/0nXDodaqHkM?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />Uma hora vai chegar à improvável conclusão de que o amor acabou mesmo. Sua vida continuará. As lembranças doerão menos. O relógio, meu caro, faz a mágoa, a raiva, o tédio, o vazio, tudo passar. <br /><br />Descanse dos sentimentos tristes. Insisto, veja os amigos novos e os antigos. Amigos são amores bem resolvidos. Não precisam de sexo e quase nunca sentem ciúmes. Recomendo também que fale com sua família. É impressionante quão bem aquelas pessoas o conhecem e o amam. <br /><br />Respire fundo. Sinta-se leve como há muito tempo não sentia. Apaixone-se brevemente no metrô. Volte a flertar. Anime-se quando aquela nova deusa aceitar sair com você! <br /><br />De repente entenderá que o amor não acaba, afinal isso é impossível. Ele transforma-se. A transformação permite você seguir em frente. No fundo você sempre soube que aquele era um amor para prepará-lo ao próximo. O próximo sempre chega.cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-11378649744903713742010-11-09T19:02:00.008-02:002010-11-10T13:01:54.241-02:00Vício modernoEssa vida na cidade grande estressa. Todos os dias preciso falar coisas interessantes no <a href="http://twitter.com/"TARGET="_blank">twitter</a>, responder atualizações do <a href="http://www.facebook.com""TARGET="_blank">facebook</a> e trocar a foto do msn que insiste em voltar para a da semana passada. Orkut? Coisa do início do século, por favor.<br /><br /> Depois checo meus e-mails profissionais, pessoais, empresariais. Dou uma olhada no site de notícias para saber o que acontece no mundo além da minha bolha. Leio uma reportagem bizarra sobre um milionário que desistiu de ser mulher cinco anos depois da operação para mudança de sexo. Imagino a minha avó dizendo: “este mundo está perdido”.<br /><br /> Demandas e mais demandas. Dou mais uma olhadinha no site de notícias. Nossa! Comento com os colegas que teve um terremoto lá em Pasárgada. Imediatamente entro no facebook e pergunto aos meus amigos pasargadenses (que conheci num intercâmbio da faculdade) se eles estão todos bem.<br /><br /> Em minutos respondem que sim, o terremoto aconteceu ao sul de Pasárgada e eles moram ao norte, assim como o rei. Respiro aliviada. <br /><br /> Chega uma corrente na minha caixa de entrada falando que é meu dia de sorte, só preciso fazer um pedido e mandar aquele e-mail para 250 pessoas. Como num passe de mágica meu pedido será atendido. Quando vou deletar, leio: Deus está a espreitar tudo o que você faz. Vai renegá-lo se não passar essa mensagem para 320 amigos.<br /> <br /> Fico desesperada. Acho uma sacanagem colocar o nome de Deus nisso. Mas passo a corrente adiante pedindo pelos pasargadenses do sul. Em um texto curto peço desculpa aos amigos e explico que só mando aquela corrente porque sou muito supersticiosa.<br /><br /> Mais umas duzentas mil demandas do trabalho por e-mail e telefone. Chega a hora do almoço. Entro no twitter. O mundo não para. Lá nos <em>trending topics </em>, meninas declaram seu amor na rede mundial de computadores: #retardS2<br /><br /> Gente, o que é retardS2? Estou desatualizada. Percebo que S2 é coração (coitada dessa geração). Retard é a mais nova banda de meninos que se travestem de Teletubbies e fazem o maior sucesso com suas canções do século XXI. Faço uma busca cibernética para descobrir o que eles tocam. Não aguento nem duas notas. Tenho a nítida sensação de que estou velha.<br /><br /> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuoHkYMQheTb7anfDT-ELJ6BOZg63GHWuTtX21DGCHKTWOY9Mq5dC0Ml_79nsK_eOYvLEeF9W3N5rqjDtm1YFeG8fEuL2FdSMpQNgAu1DkE8GA3ylss_NVWXUtSzCHT6klpoFyOnAUzFU/s1600/teletubbies.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 173px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuoHkYMQheTb7anfDT-ELJ6BOZg63GHWuTtX21DGCHKTWOY9Mq5dC0Ml_79nsK_eOYvLEeF9W3N5rqjDtm1YFeG8fEuL2FdSMpQNgAu1DkE8GA3ylss_NVWXUtSzCHT6klpoFyOnAUzFU/s200/teletubbies.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5537936148182111186" /></a><br /><br /> Aliás, a geração Pokémon está velha, eu já sou uma dinossaura. Fico chateada ao constatar. Só me resta criticar. Coloco no meu blog um texto chamando o que eu não conheço de retardado. Puro preconceito. <br /><br /> Mais trabalho. Reunião às 16h. Levo meu smartphone, claro. É preciso estar conectada.<br /><br /> O tempo passa e eu blipo enquanto respondo mais umas 440 demandas internas. Quando vejo, o sol se pôs. Os últimos da sala perguntam se eu quero ganhar o chapéu de funcionária do mês. Em pouco tempo estou sozinha. Viciada no computador. Quando tiver filhos vou ver um dia na internet: O Ministério da Saúde adverte: computador é do mal, vicia e impede a inclusão social. <br /><br /> Penso no tempo que estou perdendo nesse vício. Desligo a torre. Só de pensar no trânsito fora do escritório, entro em parafuso. Do meu celular, aviso aos meus parcos seguidores do twitter: <span style="font-style:italic;">Não peguem o ônibus para a Faria Lima, estou parada há uma hora na Rebouças. #failme</span><br /><br /> Ufa! A única coisa que quero depois de um dia tão cheio é chegar em casa, entrar no Skype e falar com minha família.cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-8083705217716349182010-11-09T16:30:00.012-02:002010-11-09T17:01:19.262-02:00Um certo capitão Rodrigo<span style="font-style:italic;">Aperte o play!</span><br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/nkZo4H9pHRY?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/nkZo4H9pHRY?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />Contagem regressiva: 5,4,3,2,1...<br /><br />Uma nave espacial. Capitão Rodrigo dava as coordenadas. A co-pilota era ninguém menos que Tenente Mariana. Por vezes, eles nos avisavam que fariam uma curva perigosa para desviar de um meteoro. <br /><br />Eu era a aeromoça. Servia biscoitos de chocolate recheado para o tripulante Pablo. Gabriela lia gibi da turma da Mônica durante a viagem interplanetária. Era normal sacudirmos o foguete, ou melhor, o beliche, para mostrar que a tempestade de asteróides não estava para brincadeira. <br /><br />Aí chegava a Juliana: “Mariana, sua mãe está chamando. Pablo, sua mãe pediu para ver se estava tudo bem com você.” <br /><br />Mariana explicava: “Shiiiii! Você não pode falar com a gente, não vê que estamos no espaço?” <br /><br />Rodrigo dava um jeito. “Ah, já sei! Você pode conversar pelo transmissor. Vou começar. Alô, Juju! Capitão Rodrigo falando.” <br /><br />Juliana logo respondia: “Ai, tá bom! Capitão Rodrigo, onde vocês estão agora?”<br /><br />“Estamos perto da Lua. É incrível!” <br /><br />“Pois voltem já para a Terra porque o jantar está na mesa” <br /><br />Era uma decepção geral. Bié chamava logo a irmã de chata. Pablinho e eu soltávamos vaias. Nosso porta-voz explicava: “Não queremos. Estamos bem alimentados. Temos cápsulas mágicas e Tostines, obrigado. Câmbio, desligo.”<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSQVzrS06T3CSXu8DIMq5bNMLhcRVafm6zgoXo8rwj2DXEyJDXR7oLfI4Fy4IaqeTchIvJsQFbFImGoDO9dDA_zKx9X4VV613B-WCeQs4IW9IgINKLfiJCbsAueUqL0BfxQBPEp0-rJYI/s1600/tostines.gif"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 193px; height: 193px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSQVzrS06T3CSXu8DIMq5bNMLhcRVafm6zgoXo8rwj2DXEyJDXR7oLfI4Fy4IaqeTchIvJsQFbFImGoDO9dDA_zKx9X4VV613B-WCeQs4IW9IgINKLfiJCbsAueUqL0BfxQBPEp0-rJYI/s200/tostines.gif" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5537620505512817314" /></a><br /><br />Juju saia aborrecida: “MÃE! Eles não querem parar a brincadeira idiota.”<br /><br />Todo mundo dava uma grande gargalhada. A tripulação perdia a concentração. A fantasia de criança estava desfeita. Mas e daí? O cheiro de lasanha caseira adentrava a estratosfera e ninguém queria se atrasar ou o Bernardo e a Fernandinha comeriam tudo.<br /><br />Nada como ter primos.cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-62858605432546199962010-11-08T17:49:00.011-02:002010-11-08T18:29:49.808-02:00Um casal e uma dúvidaQuando é que você ia me contar? <br /><span style="font-style:italic;">Contar o que? E essa cara?</span><br /><br />Cara de quem descobriu que você é homossexual.<br /><span style="font-style:italic;">Oi?</span><br /><br />Isso mesmo que você ouviu. Eu me dei conta disso há... Pera aí, que lenço é esse no seu pescoço?<br /><span style="font-style:italic;">É um que achei no fundo do seu armário, ele é tão bonitinho. Você me dá?</span><br /><br />Pode me devolver agora! Isso foi presente do meu ex-namorado.<br /><span style="font-style:italic;">Hum, mais um namorado seu com bom gosto.</span><br /><br />Tira o lencinho do pescoço! Anda!<br /><span style="font-style:italic;">Ai, você está me machucando! Para! E não sou gay.</span><br /><br />Mas é claro que é!<br /><span style="font-style:italic;">Você não pode sair por aí definindo minha orientação sexual por uma peça de roupa. Olha o <a href="http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/792980-cartunista-laerte-posa-vestido-de-mulher-e-diz-que-esta-se-montando.shtml" target="_blank"> Laerte</a> aí que não me deixa mentir.</span><br /><br />Não é só uma. Mas não posso? Tudo bem. Posso falar da sua vida íntima. Que tal o argumento de que você adora sexo anal?<br /><span style="font-style:italic;">Que baixa, ainda faz rima! Sim, gosto de sexo anal com mulheres, o que há de gay nisso?</span><br /><br />Ah meu querido! É isso, o lencinho, a paixão por moda, a verbena na banheira...<br /><span style="font-style:italic;">A verbena? A verbena é um clássico, todo mundo sabe que relaxa, perfuma e ainda é um afrodisíaco natural! Tenha dó! E você adora quando eu preparo seu banho com verbena. Não seja cruel.</span><br /><br />Não vou discutir mais nada com você, eu quero que você vá embora. Tá tudo terminado!<br /><span style="font-style:italic;">Mas isso é um absurdo! Eu amo você!</span><br /><br />Absurdo é você namorar uma mulher, no caso eu, quando gosta de homens. Ai, como eu fui burra, eu devia ter desconfiado quando você achou o máximo passar o final de semana inteiro vendo todas as temporadas de Sex and the City.<br /> <br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8V93S5QDQR3fmueswHxeynsqQ7Wy_9vmSsF-BOJ8O7IlEoyvxJ_nU3NhLln_Mx5M5L2p-5tC_occhHWt7Jzy20zB6oSPBbBDaPLIm3YRUADFze1UVVLq5QZqvqDsJ9oh-WVSWJrdM1FI/s1600/sex+and+the+city.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 192px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8V93S5QDQR3fmueswHxeynsqQ7Wy_9vmSsF-BOJ8O7IlEoyvxJ_nU3NhLln_Mx5M5L2p-5tC_occhHWt7Jzy20zB6oSPBbBDaPLIm3YRUADFze1UVVLq5QZqvqDsJ9oh-WVSWJrdM1FI/s200/sex+and+the+city.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5537274464253239586" /></a><br /><br />Sabe, quando pedi a Deus um namorado com todas as suas qualidades, eu me esqueci de pedir: ele precisar ser hétero.<br /><span style="font-style:italic;">Ora, não seja ridícula, eu fiquei feliz de passar o final de semana com você. Só isso. </span><br /><br />Não tente disfarçar agora, eu lembro muito bem de como você gosta da Carrie.<br /><span style="font-style:italic;">Ah, ela é magrinha, adoro mulheres magras. Mas que ridículo eu ficar me explicando. Tenho o direito de gostar de quem quiser. E você que gosta do Monty Python?</span><br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/vVHhg67RVd4?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/vVHhg67RVd4?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />Eu gostei de um filme, “A vida de Brian”, achei engraçado, mas o que isso tem a ver? Ah!!!!!!! E você me lembrou bem! Quantas vezes fomos em restaurantes e você falava: não vai comer o prato todo, né? Isso engorda, querida. Mimimi.<br /><span style="font-style:italic;">Quer dizer que me preocupar com sua saúde faz de mim um homossexual? Faça-me o favor! Você está louca!</span><br /><br />Quer outro argumento? Qual o programa que mais fazemos juntos?<br /><span style="font-style:italic;">Compras. Não vejo como isso pode ser um argumento.</span><br /><br />A-há!! Pois você é o primeiro namorado meu que gosta de fazer compras!<br /><span style="font-style:italic;">Você deveria me agradecer!Bando de namorado mais ou menos.</span><br />Eu agradeço, mas não suporto a ideia de você ser gay.<br /><br /><span style="font-style:italic;">Eu não sou gay. Deixe de bancar a louca, estou ficando irritado. Você não gosta mais de mim, é isso?</span> <br />Que raiva de você (suspiro). Olha, eu juro que não vou ficar chateada. Tudo bem, (respira fundo, respira fundo) eu entendo. Mesmo! Mas admita!<br /><br /><span style="font-style:italic;">Eu não vou mais discutir com você. Se você quer terminar o namoro, não invente desculpas absurdas. Termine e pronto. Estou muito magoado. Aliás, vou embora, chega de tanto chilique. AAHHHHHHHHHHHH!</span><br />O que foi?<br /><br /><span style="font-style:italic;">Uma... uma BARATA!!!!!AHHH!</span><br />Onde?<br /><br /><span style="font-style:italic;">Aí embaixo!</span><br />Eu não acredito que você subiu de sapato na minha cama! Sai já daí!<br /><br /><span style="font-style:italic;">Não antes de você matar essa barata!</span><br />Como você é podre, tem ideia de onde você já pisou com esse sapato? Eu durmo nessa cama. Aliás, você também. Troquei a roupa de cama ontem e...<br /><br /><span style="font-style:italic;">MATA A BARATA!!</span><br />Nossa, não precisa gritar!Vamos fazer um trato, você me devolve o lencinho e eu tiro a barata daqui.<br /><br /><span style="font-style:italic;">Tá bom! Mas mata ela logo!</span><br />Primeiro o lencinho!<br /><br /><span style="font-style:italic;">Toma.Que dia, primeiro sou rotulado, depois essa nojenta aí achando que o chão é dela.</span><br /><br />Muito bem, agora vou pegar a nojenta.<br /><span style="font-style:italic;">O QUE É QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO???</span><br /><br />Ué, to pegando a barata, não vou matar a coitada.<br /><span style="font-style:italic;">Você está pegando com o lencinho. Aliás, você está pegando uma barata com a mão. Que mulher faz isso? Ui...</span><br /><br />Ah, sim! Eu uso esse lencinho para pegar baratas. Odeio meu ex-namorado. Falei para você tirar o lenço. Tentei avisar, mas você só queria se defender do indefensável.<br /><span style="font-style:italic;">Sua cretina! Esse lenço é de um estilista! Uma peça de luxo.</span><br /><br />É meu, faço com ele o que quiser. Pronto. Já joguei a barata pela janela. Quer o lenço de volta? Hehehe! Toma! <br /><span style="font-style:italic;">Sua sádica! Um lenço lindo e pensar que botei isso aí no meu pescoço. Olha, você tem razão. Não dá mais. Nosso relacionamento acabou.</span><br /><br />Ora, por favor, esse relacionamento nunca existiu. Mas você ainda vai fazer compras comigo, né?<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivWMYhw1zqwnSA4VTm10pHeo8IOpFnn6xJaGvAcLofDD6LZHhJiOmUYcZH7MGaFVedCRV8IXUjuoCsP2ag530H6CfCbPNxfvFS0I0t0ZFEVapnf1y0H5vFDPPNf4HQay3hYqDQkVy2j1o/s1600/compras_edited.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 186px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivWMYhw1zqwnSA4VTm10pHeo8IOpFnn6xJaGvAcLofDD6LZHhJiOmUYcZH7MGaFVedCRV8IXUjuoCsP2ag530H6CfCbPNxfvFS0I0t0ZFEVapnf1y0H5vFDPPNf4HQay3hYqDQkVy2j1o/s200/compras_edited.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5537277156121063826" /></a>cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-8868805558475376732010-10-27T18:12:00.000-02:002010-10-27T18:14:01.449-02:0034ª Mostra de Cinema Internacional - 26/10/2010Ontem de noite na 34ª Mostra de Cinema Internacional assisti a dois filmes que falam sobre transtornos mentais. Abel (México 2010) e Mamma Gógó (Islândia 2010). Com temáticas parecidas, os filmes tratam de dramas familiares e os dois diretores têm relação pessoal com as histórias. A ironia de ver um após o outro é que o longa mexicano é bem menos “dramalhão” que o islandês. Abaixo a resenha de cada um.cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-82273030048208636862010-10-27T18:06:00.003-02:002010-10-27T18:17:11.449-02:00Los bigotes de un niño<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4OZxokO9iQ3Gp4LzHAjF2wgBsrihkPH_FNODCR5Fd0_a6CY1w_kUjTT95mHf3SBIvzDaJuwNmSGP8wun0hQCM2aWMlUzj6l7KiGgU_za7XtmLVQwmv8r4Q9ilriXsOrO8yEtWKc-vEeE/s1600/Abel+(2010).jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 135px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4OZxokO9iQ3Gp4LzHAjF2wgBsrihkPH_FNODCR5Fd0_a6CY1w_kUjTT95mHf3SBIvzDaJuwNmSGP8wun0hQCM2aWMlUzj6l7KiGgU_za7XtmLVQwmv8r4Q9ilriXsOrO8yEtWKc-vEeE/s200/Abel+(2010).jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5532821010736374146" /></a><br /><br /> Abel (2010) é o primeiro filme do ator mexicano Diego Luna. A relação entre mãe e filho da história é explorada pelo diretor que perdeu a mãe quando ainda era criança. Para refrescar sua memória Luna atuou em “Milk, a voz da liberdade” – 2008 e, ao lado de Gael García Bernal, em “E sua mãe também” – 2001. No atual Bernal também participa, dessa vez é produtor executivo com ninguém menos que John Malkovich. <br /><br /> A história contada é a do pequeno Abelardo (Christopher Ruíz-Esparza), garoto de 10anos que tem autismo. Depois de passar um bom tempo em um hospital psiquiátrico, ele volta para casa. Sua mãe Cecília (Karina Gidi) vive a difícil tarefa de cuidar da adolescente Selene e do pequeno Paul sozinha, já que o pai das crianças sumiu há dois anos. Nessa atmosfera pouco favorável, o menino vê para si um papel mais adequado que a de “filho problema”, ele passa a ser o homem da casa, dando ordens nos irmãos e dormindo na cama da mãe. Isso até o pai deles reaparecer, abalando a frágil estrutura familiar inventada por Abel.<br /><br /> Com cenas cômicas e a atuação excepcional de Karina Gidi, o enredo trata de um tema conhecido desde o clássico Ray Man (1988) de forma bem singular. O longa se passa em uma comunidade simples, mas nem por isso precisa apelar para a pobreza, ali, a aflição da mãe em cuidar do filho e o complexo de Édipo vivido pelo menino é que são os pontos fortes do filme. O ator mirim Christopher Ruíz-Esparza rouba a cena em muitos momentos como quando desenha “los bigotes” que faltam ao gato feito para a escola pelo irmãozinho Paul. <br /><br /> A fotografia do longa-metragem não chama muito a atenção, salvo uma ou outra cena como a da piscina. Os poucos silêncios da história são bem aproveitados e a trilha sonora é usada como pano de fundo, costurando todo o filme. Para quem tem interesse pelo tema e não pôde assistir durante a <a href="http://br.mostra.org/movie/172">Mostra</a>, espere sair no circuito alternativo, Abel tem forte traço psicológico, vale seu tempo e sua pipoca.<br /><br /><strong>Trailer em espanhol (sem legendas)</strong><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/GnTJowK0IAY?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/GnTJowK0IAY?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-66683946234122138622010-10-27T17:59:00.003-02:002010-10-27T18:06:20.454-02:00Um dramalhão islandêsEsperava mais de Mamma Gógó (2010), filme islandês autobiográfico de Fridrik Thor Fridriksson. O transtorno mental abordado no enredo é o mal de Alzheimer vivido por Gógó, mãe de duas mulheres e um diretor cinematográfico falido. Muito boa a atuação de Kristbjörg Kjeld na pele da personagem que apronta poucas e boas com seu filho cineasta. Mamma inunda a casa, embebeda o neto e conversa com o marido morto. Tudo graças à doença que carrega. <br /><br /> Apesar de ser sensível, em algum momento a história se perde e tende ao clichê. Fridriksson acerta no uso metalinguagem e mostra a doença com uma certa dose de humor e esperança. Mas exagera na menção ao seu outro longa-metragem “Filhos da Natureza”, é quase uma propaganda. O drama familiar não toca como deveria. Não há aprofundamento do sentimento da mãe ou do filho, fica meio solto. Ainda assim, é um filme islandês, raro nesse lado dos trópicos, só isso já é motivo para assistir na Mostra. Mas ele também já saiu de cartaz. Quem sabe na repescagem da <a href="http://br.mostra.org/movie/205">Mostra</a>?<br /><br /> Saí da sala de projeção lembrando do argentino com a mesma temática “O Filho da Noiva” (2001). Os dois longas falam do mesmo assunto e têm cenas cômicas, mas o portenho sensibiliza muito mais. Será que a cultura da Islândia é tão diferente que influencia na forma de fazer cinema? De qualquer maneira, é unanimidade neste universo que para fazer boas produções é preciso contar uma boa história. A de Fridriksson é razoável e a de Campanella, já se conhece, é emocionante.<br /><br /><strong>Abaixo o trailer de Mamma Gógó com legenda em inglês</strong><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/1ptpLSvpIa8?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/1ptpLSvpIa8?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-80235142189542975882010-10-26T03:13:00.008-02:002010-10-27T18:14:29.130-02:00Rapunzel costarriquenha<span style="font-style:italic;">Série de críticas de filmes da 34ª Mostra Internacional de Cinema</span> <br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGQL8Mu58NeVOaJUx9mCUFhNpR9ddur-WxFmjGcZOJ0p6ElRAHO1R2xcueOcwPfAxCxml3fO1BRVtdOlIrKbBBMj3i8U1G_o_wEn4WNcX3kO46wSTPCAoqtjYqveXtTyrqFF5K0cPpIUo/s1600/del_amor_y_otros_demonios.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 133px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGQL8Mu58NeVOaJUx9mCUFhNpR9ddur-WxFmjGcZOJ0p6ElRAHO1R2xcueOcwPfAxCxml3fO1BRVtdOlIrKbBBMj3i8U1G_o_wEn4WNcX3kO46wSTPCAoqtjYqveXtTyrqFF5K0cPpIUo/s200/del_amor_y_otros_demonios.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5532220460645818354" /></a><br /><br /> <span style="font-weight:bold;">Do amor e outros demônios </span>(Del amor y otros demonios - 2009) é a história de uma menina de 13 anos com longos cabelos vermelhos chamada Servia Maria que vê seu mundo letárgico mudar após a mordida de um cão raivoso. Passada na época da inquisição, a história é inspirada no romance homônimo do Nobel Gabriel Garcia Marquez. Entendendo que a raiva era uma doença da alma, o bispo de Cartagena obriga o marquês de Casalduero a tirar sua filha ruiva do convívio social para uma suposta cura espiritual sob a supervisão do jovem padre Cayetano Delaura (Pablo Derqui) em um convento de freiras. O amor entre o padre e a ruiva floresce das sessões de exorcismo.<br /><br /> O impacto inicial do filme é delicioso. A primeira cena traz Sérvia Maria, interpretada por Eliza Triana, de pele alvíssima com lindas tranças vermelhas se despedindo em um barco de sua escrava africana de cabelos grisalhos em um turbante também vermelho contrastando com o cenário do fundo todo em tons de verde. É uma cena bela, mas o filme, apesar de bonito, não surpreende. <br /> <br /> Falta à estréia da cineasta Hilda Hidago, aquele tempero do realismo fantástico de Garcia Marquez. Muitas cenas carecem de diálogo e a história de amor fica em segundo plano. Para falar a verdade, quase se esquece o nome do longa, ele poderia se chamar Da madorna, demônios e um pouquinho de amor.<br /> <br /> Mas afinal, já se sabe que um filme dificilmente alcança a maestria do livro inspirador. Um exemplo bem recente e comercial é <span style="font-style:italic;">“Comer, rezar, amar”</span> com a rasa atuação de Julia Roberts, bela fotografia e péssima adaptação do livro com o mesmo nome. Se essa obra foi difícil de trazer às telas, o que falar de quem tem a ousadia de levar ao cinema toda a genialidade de Garcia Marquez? Não é tarefa fácil. Exemplo disso é a frustrante adaptação de <span style="font-style:italic;">“O amor nos tempos do Cólera”</span> de Mike Newel (2007). Se o longa de Hilda não empolga como um Nobel merece, pelo menos não chega a incomodar quem o vê, isso já é um mérito. <br /><br /> É interessante ressaltar que o filme mantém as inferências fantásticas do livro como em Rapunzel. Ou seja, é apropriado associar o filme ao conto da princesa presa na torre que espera seu príncipe salvador, nisso Hidalgo acertou. Mas o romance proibido de Cayetano e Servia do longa é quase uma história da Carochinha, falta a angústia do sentimento impossível, ou em bom português, falta tesão. <br /><br /> A direção de arte fez um ótimo trabalho e a trilha sonora de Nério Barberis (que não por acaso também esteve à frente do som de “O crime do Padre Amaro” em 2002) combina com a história de um filme que louva o amor.<br /><br /> Mesmo assim vale a pena conferir este filme (co-produção da Costa Rica com a Colômbia) que, assim como outros dez latino-americanos, concorre aos indicados ao Oscar de melhor filme estrangeiro. E ainda que o Brasil esteja entre estes concorrentes, parece fora do esquadro. Resta saber quando o cinema brasileiro vai seguir essa boa onda latina. <br /><br /><span style="font-weight:bold;">Do amor e outros demônios - trailer</span><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/RfyQsPyMYDs?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/RfyQsPyMYDs?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br /><strong>Quer assistir na Mostra? Ainda dá tempo:</strong><br /><br /><em>Cinemateca - Sala BNDES<br />Largo Senador Raul Cardoso, 207, Vila Clementino <br />Terça-feira 26 de outubro, 16:30<br /><br />Belas Artes - Sala 2<br />Rua da Consolação, 2423, Consolação <br />Sábado 30 de outubro, 20:10</em>cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-31296760117248384352010-09-15T19:23:00.010-03:002010-09-17T00:42:21.605-03:00Meu namorado é michê!— Foi isso que descobri. Estou arrasada. Michê mesmo. Não estou falando de ator pornô ou stripper. Estou em choque, estado total de não saber o que fazer.<br />Meu desespero maior foi que descobri tudo quando fui numa casa de suingue. Não sei o que fazer. Não posso virar e dizer: Eu vi você naquela suruba. Quando é que você ia me contar que seu ganha-pão é vender o corpitcho?<br /><br />Corpo, aliás, que ô lá em casa! Cary Grant teria inveja daquele homem. Aquilo não é um cara, é uma manifestação divina. Divindade do mal. É bonito demais, carinhoso demais, animado ao extremo. Criatividade sexual deveria ser seu sobrenome. Ai que burra que eu sou!<br /><br /><span style="font-style:italic;">Cary Grant</span><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8RkoV5L7YfNmmINvHDnaU46IwoTN-_8xbbBht_1f_vIl3wy7VpuIfgQvkyP-Nm7djQ-9N6VUAJL9qPX48dquMWV0zstuz5gmp8OqwDhnO_P1Pym6XzkFbknHSECaUuFtLau_n_nB9DJQ/s1600/cary_grant.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 160px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8RkoV5L7YfNmmINvHDnaU46IwoTN-_8xbbBht_1f_vIl3wy7VpuIfgQvkyP-Nm7djQ-9N6VUAJL9qPX48dquMWV0zstuz5gmp8OqwDhnO_P1Pym6XzkFbknHSECaUuFtLau_n_nB9DJQ/s200/cary_grant.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5517270508915057058" /></a><br /><br />Por que eu não desconfiei? Quero dizer, aquele papo de trabalhar na balada, ai que burra. Ele disse que trabalhava na vida noturna, mas eu jurava que era como gerente de um agito qualquer. Promoter, ele disse uma vez. Fazia mistério o filho da puta. Sei bem o que ele está promovendo...<br /><br />Olha, vou contar tudo. Sabe como eu o conheci? No supermercado. Costumo ser muito desligada, não reparo em ninguém, mas não é exagero, acho que o Alain Delon passava batido e até o Montgomery Clift perderia a graça. <br /><br /><span style="font-style:italic;">Montgomery Clift</span><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFCZAxoQPhzTZ2lbSjmm3KyebCD09dLI3FmtOATFDkDNv7UJ1TdWIke88nBpZxr5uE0oNodpJS4d-WaKdOGOvd6Om4pSuo4jD6sossNGpfImOJytmub9c_aok3TxoLjI1uAF1WzPO3Mt0/s1600/Montgomery_Clift.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 147px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFCZAxoQPhzTZ2lbSjmm3KyebCD09dLI3FmtOATFDkDNv7UJ1TdWIke88nBpZxr5uE0oNodpJS4d-WaKdOGOvd6Om4pSuo4jD6sossNGpfImOJytmub9c_aok3TxoLjI1uAF1WzPO3Mt0/s200/Montgomery_Clift.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5517270792847789330" /></a><br /><br />Fui pegar meus morangos orgânicos. Ele também. Fulminante. Eu mencionei o fato dele ser lindo? Fiquei como uma idiota com morangos na mão e sorriso de paspalha na cara. E ele sorriu de volta. Com um sorriso mais imbecil que o meu. <br /><br />Não sou nenhuma CharlizeTheron. Nunca fui comparada a Monica Bellucci. Então o que uma mera mortal faz quando está frente a frente com a prova de que Hegel não sabia nada sobre o belo natural? Ou aquele era David reeencarnado? <br /><br />Ele perguntou se eu queria a última caixa de morango. Eu balancei a cabeça positivamente. Ele sorriu, puxou papo. Achei que ele era modelo. Quando ele falou de Molière pensei, ah! É ator! Deve ser gay. Mas porque um deus grego homossexual ficaria conversando comigo numa gôndola (nada veneziana) sobre "O vermelho e o negro"?<br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/QQELyD1DxMs?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/QQELyD1DxMs?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />Claro que depois disso ele me chamou para sair. Eu fui. Não perderia a chance de sair com a reencarnação brasileira de Apolo. E aí pronto, I was walking on sunshine, ô ô! Há cinco meses. Eu e meu mundo cor-de-rosa estávamos mais para pink Barbie e o universo maravilhoso do Ken. <br /><br />E eis que sou chamada por uma amiga (da onça) para ir numa casa de suingue. Pudor e curiosidade não combinam. Resolvi ir e pensei: é só eu não fazer nada, vou sem par, é só para conhecer.<br /><br />Eu? Casa de suingue? O que minha avó ia pensar? O que meu pai diria? Quem sou eu? Mas lá estava eu, no coração do Itaim Bibi, em um dos lugares mais deprimentes da minha vida. <br /><br />Olha, arrependimento mata. Morri quando vi meu Paul Newman praticamente fazendo yoga avançada com uma mulher muito mais feia que eu. Eu achava que ele me amava. Fui à gerência do lugar, conversei com um ridículo homem gordo vestido de roupão bege, o dono do lugar. Ele queria transar comigo. Falei que queria saber sobre aquele cara da casa. Depois faria tudo que ele quisesse.<br /><br /><span style="font-style:italic;">Paul Newman<br /></span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhve_hNvZSc5XgT4VZN5MYCZdCBhw13dmsEbp329fkjIM_efRc7aEKH1ZPKmFb8rsCr473mJ4cMlvc63NPtzGowOKQSW6efTKOnHewBomE-3tDyWeYWP2HkCmHr0d7J8vNKeDLCBbpCbAw/s1600/paul-newman-photograph-c12142732.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 160px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhve_hNvZSc5XgT4VZN5MYCZdCBhw13dmsEbp329fkjIM_efRc7aEKH1ZPKmFb8rsCr473mJ4cMlvc63NPtzGowOKQSW6efTKOnHewBomE-3tDyWeYWP2HkCmHr0d7J8vNKeDLCBbpCbAw/s200/paul-newman-photograph-c12142732.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5517275902886951698" /></a><br />Ele soltou uma gargalhada. Disse que o bonitão todo mundo queria (o meu bonitão?), ele era contratado. Garoto de programa. Se eu quisesse ele fazia um desconto. <br /><br />Por mais ridículo que pareça fiquei aliviada. Ele não estava me traindo. Mas é claro que um segundo depois e aquela mão do gordão na minha cintura fez minha ficha cair.<br /> <br />Saí correndo. Acho que nunca corri tanto. Fui pra casa. Chamei o chaveiro 24 horas e troquei o segredo da fechadura. Chorei. Joguei meu chip do celular fora. Tive nojo de mim. Quis queimar o lençol. Ódio. Rancor. Mágoa. Passou tanta coisa pela minha cabeça.<br /><br />Agora estou aqui, olhando para você. Ele não me viu, mas eu não sei o que fazer. Saí muito cedo de casa, ele não pode mais entrar, não pode se comunicar comigo e, ao mesmo tempo, nunca amei um homem assim. Por que ele não me disse que era profissional do sexo? Por que ele é tão bonito? Por que você não fala nada para me ajudar? Eu estou desesperada. Pensei em acabar com minha vida. <br /><br />Por que eu fui naquele pardieiro?<br /><br />A psicóloga não respondeu nada. Achou que a moça só poderia ter inventado uma história tão absurda como aquela. <br /><br /><span style="font-style:italic;">Só pensou: mais bonito que o Alain Delon? Ai, ai! Duvido!<br /><br /><span style="font-style:italic;">Alain Delon<br /></span></span><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ9MCqbewED_I98xMSXX2Uhf6HNkF1R87ca67KWBKlnluRLTvZcQzhblAsO2FxzEYZOxG6hHDX9IwrghEOfNFAE148F4V-SLA7vvr7ugxGanOJXJ8teTm9aN3VRF43O_3vcbGl7ZaMat4/s1600/Alain-Delon-Dior-Perier.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 136px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ9MCqbewED_I98xMSXX2Uhf6HNkF1R87ca67KWBKlnluRLTvZcQzhblAsO2FxzEYZOxG6hHDX9IwrghEOfNFAE148F4V-SLA7vvr7ugxGanOJXJ8teTm9aN3VRF43O_3vcbGl7ZaMat4/s200/Alain-Delon-Dior-Perier.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5517273117365685506" /></a>cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-62714185470897546092010-09-14T19:49:00.011-03:002010-09-14T23:52:58.558-03:00A vida tem trilha sonoraPassei este fim de semana com uma melodia na cabeça, sem lembrar da letra, martelando o som lá dentro de forma capenga. Até que um anjo resolveu me ajudar e fez uma pessoa simplesmente tuitar a música hoje. Que alívio! <br /><br /><strong>Killing me softly/Lauryn Hill & Wyclef </strong><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/aB-VFpld2gI?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/aB-VFpld2gI?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />Uma ironia o título ser justamente <em>killing me softly </em>(matando-me suavemente), afinal essa música estava me consumindo. A letra fala da relação músico/ouvinte. Quem nunca ouviu uma música e pensou que ela servia como uma mão na luva para determinado sentimento? <br /><br />Quer um exemplo? A Marisa Monte é uma ótima referência em temas de relacionamento(inclusive os meus). <br /><br />Na música "A sua", o amor ultrapassa os limites do viver junto. O mais importante é que a pessoa esteja bem, ou seja, é um amor pouco egoísta. Embora a letra tenha um tom bem fraternal, sempre me lembra um relacionamento intenso e saudável que tive. <br /><br /><em>Amor à distância </em><br /><br /><strong>A sua/ Marisa Monte</strong><br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/9WAc1aZO_58?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/9WAc1aZO_58?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />A próxima música fala de um amor mal resolvido. Tem tudo a ver com uma paixão paulistana em que fui protagonista (risos). Eu me sentia assim mesmo, mais uma na multidão, perdida nesta cidade enorme. O medo, na música, é bilateral. Igual à história de amor de muita gente, né? Cego, só enxerga o outro, mas com o mistério que o parceiro entrega em retorno, o medo é que predomina. <br /><br /><em>Medo de amar</em><br /><br /><strong>Mais um na Multidão/ Marisa Monte e Erasmo Carlos</strong><br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/_w-fPpCaRz0?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/_w-fPpCaRz0?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />Pensando nisso, uma amiga minha costuma dizer que as músicas nos inspiram o tempo todo. É como se nossa vida tivesse trilha sonora. Eu concordo. Lembro que essa mesma amiga em uma época combatia "piratas" diariamente no trabalho e (não) por coincidência este era o toque de celular comercial dela. <br /><br /><strong>Chasing pirates/ Norah Jones </strong><br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/HM_AiUBAwM0?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/HM_AiUBAwM0?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />Aliás, não sei se já comentei, mas foi uma música que inspirou este blog, ele surgiu justamente porque não dá para ficar indiferente debaixo deste céu.<br /><br /><strong>Lá vou eu/ Zélia Duncan</strong><br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/7eSzL3CmPAs?fs=1&hl=pt_BR"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/7eSzL3CmPAs?fs=1&hl=pt_BR" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br />Atualmente estou sem musica tema na minha trilha sonora, estou no que chamo de entressafra. Isso é raro na minha vida. E você? Que música é a sua cara? <br /><br /><em>Este post foi inspirado no <a href="http://adrianacaitano.wordpress.com/"target="_blank"><strong>blog da minha talentosa amiga Adriana Caitano </strong></a>que fala sobre música popular brasileira.</em>cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-577180980479717418.post-16611794992250421972010-09-13T17:38:00.005-03:002010-09-13T18:25:00.688-03:00Papo calcinha<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWRW0GnirOi5aL0Ay47tqSBPuXFVxZAcMwZuRi13uyin8HqhHVwG4IrdM1v78EvmghlgBJSaz-c-S0TB6cXY3TVGdbAe0W3MEOLYgQcnoUy_gnhud0wYYxzlgDiTesQU0kQM-2HS3aeMg/s1600/bola-de-futebol.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 178px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWRW0GnirOi5aL0Ay47tqSBPuXFVxZAcMwZuRi13uyin8HqhHVwG4IrdM1v78EvmghlgBJSaz-c-S0TB6cXY3TVGdbAe0W3MEOLYgQcnoUy_gnhud0wYYxzlgDiTesQU0kQM-2HS3aeMg/s200/bola-de-futebol.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5516500805092656354" /></a><br /><br />Aviso aos desavisados! <a href="http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=futebol+%C3%A9+coisa+de+mulher&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai="target="_blank"> Futebol também é coisa de mulher</a>. Os mais de 1.600.000 resultados sobre o tema no google confirmam isso. Sei que não sou a primeira e nem serei a última a defender a causa. E também sei que isso não é valido para todas as meninas. Mas vou dar meu pitaco no assunto pelo simples motivo de achar que vale a pena (ou o teclado, no caso). <br /><br />Sabemos que nós meninas não somos, necessariamente, conhecedoras do time todo na ponta da língua e que nem sempre somos ases em técnicas futebolísticas. Só que muitas de nós sabe sim o que é impedimento, acompanha as rodadas do Brasileirão e conhece o técnico da maioria dos times. A gente vibra, grita, contagia qualquer um! Ora, só porque não sentimos necessidade de saber se lá em mil novecentos e lá vai bolinha o Arapiraca foi campeão de botão, isso não nos faz menos torcedoras que vocês. <br /><br />Também torcemos com paixão, vestimos a camisa e muitas choram quando o time perde da mesma maneira que os marmanjos choram com final de novela. E deixo claro que isso não é só de quem tem influência de pai ou irmão. Eu mesma só tenho irmã e meu pai detesta futebol. A minha paixão pelo ópio do povo, por exemplo, veio da minha pré-adolescência carioca. Eu era uma garota de Laranjeiras que adorava jogar futebol com os meninos no play e era centroavante do time. Vocação? Não, é só gosto mesmo. <br /><br />Quando o Glorioso ganha, eu me sinto a mais botafoguense das torcedoras. Quando o Botafogo perde, eu morro de dó do meu time lindo não ganhar. Não abandono a raça e, injustamente, aguento o sacarmos de muitos homens que dizem “<em>Mas você é mulher, nem precisa torcer pro Botafogo! Deve ser a única torcedora do Brasil. Torce pro meu time gata, é bem melhor!”</em> <br /><br />Não meus queridos! Nem eu e nem muitas outras tchuchucas por aí vamos torcer por vossos timecos, mais ou menos pelo mesmo motivo que vocês não vão torcer pelos nossos. Não escolhemos nossos times por causa de namorico. Sou botafoguense, assim como há flamenguistas, são paulinas e corinthianas, pura e simplesmente por amor ao esporte (que romântico). <br /><br /><em>Alors</em>, respeitem nossas escolhas. E da próxima vez que pensarem em fazer piadinha sobre mulher e futebol lembrem-se que esse papo de bola está cada dia mais calcinha.cidadã metropolitanahttp://www.blogger.com/profile/11629720777226579289noreply@blogger.com0