A democracia do vento

20 de agosto de 2011

O vento que sopra fresco nesta tarde de agosto me conforta. Parece que vem me dizer alguma coisa, tirar um véu de ilusão de cima dos meus olhos.

Deixo-me envolver. Os pássaros cantam na cidade do impossível, a tarde cai amena para minimizar a melancolia que me cerca, mas não me pertence. Pode um simples vento mudar um humor? Ora, o vento muda direções de barcos, semeia plantas ao redor do mundo, carrega cidades com seus furacões. É claro que um simples humor, o Senhor Vento tem categoria para mudar.

Esboço um sorriso. O curioso é que o vento pode levar também os nossos desejos. É comum eu aproveitar o vento para mandar uma mensagem de amor. Já tentou? Mando com a certeza de que quando o vento lá bater, vai fazer a pessoa lembrar de mim. Gosto de imaginar a cena da pessoa sentido a brisa suave no rosto.

O vento é tão democrático. Tente prendê-lo em sua mãos e ele se esvai. Mas deixe ele livre e veja que está ali, soprando. Que coisa mais gostosa uma brisa no fim da tarde a beira-mar. Qualquer um pode sentir.

Sabe o que eu mais gosto no vento? É que o mesmo vento que forma tempestades, dissipa as nuvens pouco a pouco. Quando se vê, já temos de novo o sol.

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