Enlatado paulistano

26 de agosto de 2010


A história começa digna de um blockbuster americano. Duas pessoas bêbadas que se beijam em uma festa. Aconteceu aqui no Brasil por mero acaso. Porque poderia se passar no interior da França, sem sombra de dúvidas.

A festa estava lotada. Muita gente diferente. Muita bebida. Risos. Conversas políticas. A revolução bolchevique em pleno século XXI soava fora de propósito, até mesmo divertida. De repente reparei em duas pessoas. Foram apresentados um ao outro por um amigo em comum. O motivo era simples: o rapaz ia morar na cidade natal da moça e não conhecia ninguém, queria dicas, contatos.

Sabe aqueles casais que você não acredita? Não parecia paixão. Não daquelas de filme. Amor à primeira vista? Pfffff, passou longe. A menina, aliás, estava como uma borboleta: livre, leve, solta. E solta ficou ainda mais depois dos drinks com coca-cola. Vodka vai, vodka vem e dos ficaram. Não deu em mais nada. Eu estava observando. Juro! Não se pareciam, não combinavam. Era só mais um casal sem motivo. Poderia acontecer com qualquer um. Acontece sempre. Em tudo que é festa.

Mas olha que engraçado! Vi os dois há poucos dias, perambulando de mãos dadas numa tal avenida-cartão-postal. Impossível! Ele não tinha mudado de cidade? Eles não me viram, mas eu percebi que aquilo era um pouco mais do que os dois queriam admitir. Gostei do que vi.

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